3 de jun. de 2009

Oliver e nós

Na última segunda-feira, chegou a má notícia da clínica veterinária: o coraçãozito do nosso Oliver não aguentou os 12 anos e oito meses de idade, as problemices de saúde e parou por volta das cinco, cinco e meia da manhã. Pai, Mãe, meu irmão e eu choramos; Pai, mais desesperadamente. Pai que cuidou dele como se cuida de um filho, com dedicação extraordinária – especialmente de fevereiro pra cá, quando não conseguia mais levantar sozinho e caminhar, por causa de uma fraqueza nas patinhas traseiras.

Não é nada fácil olhar pra casinha dele vazia, pra bolinha jogada no chão, sem vida. Perdemos um pedaço da gente, uma parte mais que importante das nossas vidas. Encerramos outro capítulo da nossa história. Oliver me acompanhou no último ano do ensino médio, na faculdade inteira, no mestrado, nos primeiros anos de profissão. Eu tinha 16 anos quando ele chegou aqui, no colo de Mãe, todo pequeno. É incrível, jamais cheguei a tocar nele, no início tinha até medo. Mas os anos me fizeram entender cada olhar, cada gesto, cada latido. Nos últimos tempos, estive ainda mais perto dele (fisicamente mesmo), sentado ao seu lado, enquanto Pai lhe oferecia a comida, fazia a fisioterapia, trocava os curativos na patinha, dava banho, tudo isso diariamente, como num ritual.

O fato de eu ter convivido com o Oliver e de ter vivido a relação que a família inteira desenvolveu com aquele anjinho que não pedia nada, a não ser carinho (e que a mãozinha de Pai coçasse suas orelhitas sempre atentas), me fez uma pessoa melhor, fez nossa família uma família melhor, de um modo que ainda não sei ao certo. O que eu sei – e agora sei mesmo, (in)felizmente – é que os seres não ficam "encantados", como dizia João Guimarães Rosa. Eles morrem, deixam muitíssima saudade e, se tivermos sorte, uma boa história para toda a vida.

32 comentários:

Sabrina disse...

Puxa, puxa, sinto muito pelo Oliver, Fábio. :-/ Beijo

Arthur Alves disse...

Pois é... Imagino como o Oliver faça falta, tive um cachorro e ele se foi também, há 4 anos e ainda olho para o jardim e imagino ele ali, o que estaria fazendo, as brincadeiras, as irritações também rsrs...

Mas hoje sinto muita paz quando penso nele, e muita alegria...

Abraços, amigo!

Inez disse...

Entendo muito bem o que é isso, já tivemos uma cachorrinha que aconteceu a mesma coisa, a família inteira ficou arrazada quando ela morreu.

Mulheres e vaidades disse...

Poxa, que pena....
Eu sinto muito...
Que coisa triste...Deus me livre.

Lucas Rodrigues disse...

é... já perdi meu cãozinho tbm, é mt ruim...

Heitor disse...

Sei muito bem o que é isso. Tenho o meu cachorro desde os 10 anos. Hoje, tenho 18 anos e ele já acompanhou uma boa parte da minha vida. Não gosto nem de imaginar o dia que ele se for também.

Espere passar um tempo e compre um outro cachorro. Não será como o seu antigo, é claro, mas vai servir pra "suprir" essa ausência. Esses bichinhos, que ninguém dá valor algum, acabam entrando nas nossas vidas e se tornando parte da família.

Sinto muito pela sua perda.

Wanessa Lins disse...

Ow tadinho! =/ Deve fazer muita falta ;~
Eu sei quando perdi o meu! =/

;***

Beijos



http://wanessalins.blogspot.com

disse...

Cães são mais que amigos. São membros da família. Estão sempre prontos a nos fazer festa e nos animar. Nos recebem em casa com alegria e não esperam nada de volta.
Já tive cachorros que morreram velhinhos e depois de muito cuidarmos deles, nos deixam o coração em frangalhos...
Sinto muito pelo Oliver
Abços

Bananada é 10 disse...

excelente blog

passa lá no meu
www.bananadae10.blogspot.com

Bananada é 10 disse...

sinto muito

Rafa Amaral disse...

Perdi um cão muito querido há pouco mais de dois anos. Uma coisa triste, pois faz parte da família. Lamento muito...

Cesar Higashijima disse...

Poxa... que triste isso... Lamento pelo Oliver...
Imagino o que vc está sentindo...

abraço

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Fábio!

Sinto muito, cara. Perder um animal de estimação - que não deixa de ser um membro da família, é muito triste. Mas o que deve ficar são as lembranças boas dele e o carinho que vcs cultivaram.

Também já tive um pastor alemão fêmea que morreu com 12 anos de idade, há uns dois anos atrás. Essa idade para os cães já é um sinal de velhice e traz muitas doenças mesmo.

Creio que ter um cachorro, ainda mais quando vc tem a oportunidade de ver ele crescendo aos seus olhos e passando por todas as faixas etárias - de criança à velhice, nos deixa mais humanos e solidários.

O seu texto serve também de alerta para que as pessoas que tem cães que já estão velhinhos que cuidem deles, que trate com carinho e respeito. E, acima de tudo, que o ame muito!

Me identifiquei muito com seu texto. Parabéns pelo desabafo!


Abraço

Unknown disse...

È eu sei bem como é isso, quando eu tinha um sagui >.<"

o nico *-*, ele era tão legal,mó comedia,muito engraçado,ele tava sempre feliz,dormia com agente.

acordava agente,ficava sempre solto.

ai um dia ele morreu de velho =/

Unknown disse...

eu sei como é ...é de partir o coração..mais é assim mesmo, temos que continuar a vida...

vlw!!

Anônimo disse...

po jah perdi um cachorro tbm =/
mais hj eu tenho 3 =D
eles saum o capeta huashuashuas!

Paulo Sidney disse...

Pois é...pra tudo e pra todos sempre há o momento da despedida...
Abs

Jessica Laviere disse...

Nossa que bonito o carinho e o amor que vcs tinham com o cachorrinho de vcs.
Eu tenho o meu e sempre que ele fica doente sofro junto com ele,é tanta a convivência que o considero um membro da familía.
E ainda tem gente nesse mundo que maltrata essas criaturinhas fofas e indefesas.

Tati Claro disse...

Que triste!!!!!!
é horrivel quando um amigo vai embora,minha cadelinha se foi quando tinha 13 anos, nunca mais tive coragem de me apegar a outro caozinho, no começo nao queria ter outro pq achava que seria "traiçao" depois me dei conta que nao queria para nao ter que me apegar e sofrer outra vez.
Enfim! a vida infelizmente é assim o Oliver se foi, mas tenho certeza que voces teram muitas lembranças boas e engraçadas par lembrar quando bater saudade.

Fernanda disse...

Também nunca cheguei a tocar no Oliver ou chegar muito perto dele, e não o conheci durante quase a metade de sua vida. Mesmo assim, chorei com sua morte por tomar emprestada um pouco da tristeza do meu Fábio. E não apenas por isso: também porque, como ele disse, é muito duro ver um anjito partir, uma criatura inocente ir se extinguindo aos poucos. Mas apesar de todos os recentes problemas de saúde, Oliver foi feliz como poucos cães são ou serão; não poderia ter tido uma família melhor, mais extraordinariamente dedicada, que o amasse mais. E ele confirmava com o olhar que sabia disso. Partiu naturalmente, sem precisar causar a seus donos a dor extra de sacrificá-lo; partiu como uma velazinha que queima até o fim de sua vida longa e plena. Não é nada bonita a morte, mas, uma vez que inevitável, é exatamente assim que todos deveriam morrer: amados, cuidados, protegidos, plenos, bem-vividos. Os seres que morrem podem não ficar encantados, mas os que vivem, sim -- têm a missão de guardar consigo tudo que era bom, especial e mágico nas criaturas idas; a missão de cuidadores e propagadores de uma herança feliz para as criaturas vindas. Tudo que o Oliver trouxe de bom para os que o amaram choverá sobre o mundo, regará momentos futuros. Tudo que é de verdade prossegue.

Anônimo disse...

Putz!
Lembrei agora do meu cão, q se chama Rabugento...
as vezes fico pensando como vou me sentir se alguem der bola a ele, ou atropelá-lo ou morrer por causa da idade!
ainda não passei por isso, mas me emocionei com a sua tristeza.
;(

Anônimo disse...

Que pena :/

Adm disse...

que triste perder um membro da familia :/
pq deve ser isso que ele representava para vc

Fernanda Freitas disse...

Poxa,eu sinto muito mesmo pela perda do Oliver.É incrivel como os cachorros aos poucos vão entrando na nossa vida e quando nos damos conta eles são nossas vidas.O cachorro é o amigo de todas as horas.Ele te ama do jeito que você é..não importa se tu é pobre ou rico,se tu é bonito ou feio,se tu é alegre ou triste,se tu é gentil ou amrgo,ele te ama do jeitinho que tu é. O cachorro é um filho porque temos que cuidá-lo;é um irmão porque brincamos,rolamos e nos divertimos com ele;é um amigo porque nós o amamos e ele sempre escuta a gente;é um pai e uma mãe,pois nos ensina diversas coisas extraordinárias.Enfim..um cachorro é algo grande e especial demais para ser descrito.

Lamento muito por Oliver,mas de uma coisa tenho certeza:que ele vai ficar sempre no teu coração.

Wender Us LosT disse...

Noh quando perdi meu cachorro quase morri com ele = /

Mas tenho agora 2 !

Erica disse...

Todo começo, tem seu fim!

Erica disse...

É a vida!

Wander Veroni Maia disse...

Só quem tem um cão sabe o amor que eles conseguem transmitir para a família! Força, meu amigo! Gostei muito do comentário da Fernanda.

Abraço

Anônimo disse...

Fábio, numa noite estrelada olhe de sua janela para o céu e veja mais duas luzinhas, bem distantes, a brilhar: são os olhos de Oliver nos braços de São Francisco de Assis...
Um amigo fiel como ele pode ser transformado em cinzas em momentos
mas pode cintilar a vida inteira na imaginação de seus saudosos donos. Beijos! M.M.

Anderson disse...

Lamento pelo ocorrido!
Acho muito bacana o significado que os animais têm pra determinadas famílias.
O meu por exemplo faz parte. É um membro importante do nosso lar.
Que o Oliver descanse em paz!

Um abraço!

http://andersoncavalcanti.blogspot.com/

Unknown disse...

É cara, a minha Joana já tem 14 anos e a velhice já a castiga. Eu tinha 9 anos quando ganhei ela e hoje tenho 23.

aprendi muita coisa com ela e ela tem uma boa parcela de responsabilidade pelo carater que hoje tenho.

Que fiquem as lembranças felizes e a certeza de que enquanto o Oliver esteve com vcs, teve tudo o que um cão sempre quis: uma família.

Abs,

www.blogdoisrael.com

Vini e Carol disse...

Sempre triste perder alguém que nós amamos, principalmente coisinhas tão fofas que são os animais *-*
Meu cachorro eu ganhei com 8 anos, desde que me entendo por gente ele está comigo, sinto não ter ele agora.
O Oliver era uma graça, parabéns por ter cuidado e amado um ser tão especial. Faz um ano que meu cachorro sumiu e ainda é triste olhar pra casinha dele, com o nome dele e as cores dele esperando o dia que ele vai voltar =/

Mas como você disse, sempre é uma boa história pra vida toda.
Obrigada pelo seu comentário e boa homenagem ao Oliver também.

Beijos, Carol