11 de jul. de 2010

Jabulani e mais dez

Juro que tentei. Me esforcei ao máximo. Até catei outro assunto "da hora" nos sites de notícia e de busca, mas só me ofereceram o goleiro Bruno, a Dilma Rousseff e o José Serra. Aí achei melhor declinar. E me render à Copa, ainda que aos 45 do segundo tempo. Tinhosa feito a Jabulani, ela acabou me pegando. Na veia. Onde a coruja dorme.
Quer dizer, o Mundial não me pegou exatamente pelo futebol, muitíssimo menos pela seleção do Dunga, que, mesmo com tantos volantes, parecia sem direção (não foi à toa que nossa eliminação começou com uma "batida feia" entre Felipe Melo e Júlio César). Na verdade, o que mais chamou minha atenção sempre esteve fora das quatro linhas. A exceção, óbvio, foi a Jabulani, a bola mais "celebridade" da história das Copas. Periga ela aparecer no próximo Big Brother e faturar – com justiça – o prêmio.
Mas a Copa não foi só dela. Houve outros momentos dignos de nota (em qualquer coluna social): o delicioso rebolation da Shakira no show de abertura; as caras, bocas e besitos, à beira do campo, daquele-que-se-diz-melhor-que-Pelé; o polvo alemão que desbancou Mãe Diná, Robério de Ogum e Madame Mim; o mundo inteiro pedindo para que o Galvão Bueno calasse a boca; a campanha para que o Caio Ribeiro fosse libertado de seu cativeiro global; a torcida animadíssima de Larissa Riquelme pelo seu Paraguai... Ai, ai, ai, ui, ui!
Como não só de beldades vive um Mundial, tivemos também o velho Mick Jagger, que, como torcedor, é um excelente líder dos Rolling Stones; o ainda novo Cristiano Ronaldo, que, como jogador, foi o melhor garoto-propaganda do Gel do Seu Manuel; as onipresentes vuvuzelas, que, esperamos, sejam terminantemente proibidas em 2014; e os discursos improvisados do companheiro Lulalá, que, esperamos, sejam terminantemente proibidos em 2014, 2016...
Por essas e outras (que não caberiam neste top eleven), já está na história a primeira Copa na África. Claro, talvez tenha faltado um time da casa entre os semifinalistas – o que, cá entre nós, seria uma zebraça e confirmaria o jeitão de safári da festa. Mas la mano de Dios não quis assim, fazer o quê. Com ou sem zebra, o Mundial à africana cumpriu – com sobras – sua maior promessa: a de que a "fauna" seria exuberante...

13 comentários:

Pobre esponja disse...

Essa Copa, o legal dela , é que revelou estórias dentro e fora do campo, como bem disse no texto: Fora:Jagger, Polvo, Jabu; Dentro: Zebras (que já não podem ser consideradas assim, devido ao grande número) - o que mostra uma nova tendência no futebol e , entre outras coisas, uma final inédita entre dois times virgens.
Desde 86 é a melhor Copa.

abç
Pobre Esponja

Pensamentos á toa disse...

Um dos poucos posts que li todo
UHAUHA'
Gostei..


http://larissagurgelpat.blogspot.com/

Hi! disse...

Futebol e qualquer assunto relacionado a ele como a maldita bola que eles usam realmente n me chamam atenção quem sabe da proxima vocês fala sobre o goleiro (y).

Tati disse...

Essa foi uma copa que se falou menos em futebol e mais nas distrações que ela proporcionou.
Valeu pela conquista da Espanha. Dos bons resultados de países que não têm histórico de bons resultados em um mundial como esse. Mas ainda assim, faltou futebol.

mulherices disse...

Já acompanhei MUITAS copas, algumas com real interesse ... Mas, olha: essa foi das mais sem-graça da história!

Pelo futebol fraco, pelos poucos gols, pela atuação frustrante do Brasil.

Daqui uns anos, vamos lembrar da África do Sul pelas vuvuzelas e pela jabulani.

E espero q os discursos do "cumpanhêro" sejam apagados da nossa memória!

Luís disse...

Não me restam dúvidas de que a jabulani foi uma figura importante dessa Copa, ainda que, para o Brasil, o maior importante seria o título, que, infelizmente não veio. Me pergunto se até 2014 as pessoas ainda vão se lembrar da jabulani e das vuvuzelas - estas, aliás, me causaram muitos problemas. COMO FAZEM BARULHO!

Fabrício Amorim disse...

Concordo com o que foi dito acima. A Copa teve muitos fatores extra campo e dentro dele futebol de menos. Foram jogos nivelados por baixo, com partidas piores que alguns jogos do campeonato brasileiro. Foram poucas as imagens da copa com relevância e raras as jogadas e lances de bom futebol. Quem realmente roubou a cena foram a jabulani e o polvo vidente. Realmente lamentável que o futebol não tenha aparecido na Africa do Sul. Até a competição de 94 conseguiu superar o fraco nível dessa edição..

Vainer Polo disse...

GOSTEI... Parabéns pelo blog!!!

Franciele Valadão disse...

Adorei seu post. Muito original!

Anônimo disse...

"Jabulaaaaani", como diria Cid Moreira. Mas no geral, eu gostei dessa copa, tiveram jogadores antes anônimos para o mundo que jogaram bem, e eu até ganhei uma vuvunzela de um evento da prefeitura aqui da minha São Vicente City...

Sucesso aí procÊ e pro seu brogui

Vc curte rock? disse...

A fauna reinou nessa COPA.

Teve o polvo alemão, teve a éguinha boazuda do Paraguai, teve o burro teimoso do DUNGA. Mas nada supera a catchup do CRISTIANO RONALDO...

heheheheh

Matheus Lima disse...

Jabulaaaaani. Nossa cara, muito bom seu texto, está de parabéns. abraços e sucesso com o blog

Luiz Scalercio disse...

cara tem que dar essa bola pro
dunga e a cara dele .